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Alimentos e máquinas agrícolas elevam receita de exportações

As exportações do Rio Grande do Sul registraram aumento em receita de 5,2%, com faturamento de US$ 13,4 bilhões entre janeiro e novembro de 2010, num comparativo com o mesmo período no ano passado. Entre os setores que puxaram as exportações para cima está a indústria de produtos alimentícios, com crescimento de 12%, de US$ 3,15 milhões para US$ 3,53 milhões no período. O setor de máquinas agrícolas também registrou incremento em receita, de 22,1%, de US$ 942 mil para US$ 1,15 milhão, seguida pelo setor de veículos automotores, de US$ 469 mil para US$ 701 mil, ou 49,5%.

"No caso das máquinas e dos veículos, houve um aumento de demanda por parte de países como Argentina e Paraguai", afirmou a economista da Fundação de Economia e Estatística (FEE) Cecília Hoff. A especialista também lembrou que, em função da Copa do Mundo, a África do Sul incrementou as importações desses equipamentos em 2010. Os preços em dólares também tiveram aumento de 7,8%. No período, as exportações gaúchas representaram 7,79% dos envios do País.

No entanto, apesar do resultado positivo em receita, em alguns setores, os volumes exportados tiveram queda, resultando em redução de 2,3% no total do período avaliado pela FEE. "Os destaques negativos ficaram por conta do fumo, com queda de 26,7%, de combustíveis com redução de 54,9%, agropecuário, com volume enviado 4,7% menor e calçados, com 2,8% a menos." No caso do fumo, a especialista aponta a quebra da safra como principal motivo para a redução das exportações do produto. "A tendência é de reversão desse quadro para o próximo ano, com a recuperação da safra", disse Cecília. A redução no agronegócio foi motivado especialmente pela queda de 5% dos envios de soja, uma vez que a oleaginosa representa quase 90% do total exportado pelo setor. As vendas da agropecuária apresentaram queda em preços de 2,9%. Os calçados garantiram bom retorno em receita, pelo incremento de qualidade dos produtos. "Isso indica que o setor conseguiu recuperar as perdas com o câmbio nos preços, mas perdeu em competitividade", disse a economista. Por outro lado, as exportações de couro aumentaram 50%, em receita e 18,4 em volume.

No total, a indústria de transformação teve crescimento de 10,2%, em receita, mas queda de 1,9% em volume e elevação de 12,3%, em preços. O crescimento ficou por conta do setor de produtos alimentícios e bebidas, que além de crescer em valor teve incremento de 4,9% em volume e de 6,8% em preços. "Isso se deve à elevação das exportações de carnes, óleo e farelo de soja", disse Cecília. Também se destaca a expansão de 26,3% das receitas com exportações de produtos químicos, queda de 0,7% em volume e elevação de 27,2% em preços.

Os principais destinos das exportações do Estado continuam sendo a China, a Argentina e os Estados Unidos. Houve crescimento de 0,6% das vendas para a China no acumulado do ano até novembro. Destaca-se, também, o crescimento das exportações para a Argentina (19,0%), para o Paraguai (54,0%) e para a Holanda (35,0%).