Para quem tira do campo o sustento, a preocupação com o clima é constante. Sempre de olho nas previsões dos meteorologistas e nas informações da mídia, agricultores e instituições ligados ao meio rural ficam atentos e preocupados, ou aliviados com cada nova previsão.
O fenômeno climático La Niña, normalmente responsável pela diminuição das chuvas na região sul do Brasil, por enquanto não trouxe maiores problemas para os produtores da Cotrijal. Em dezembro, mesmo ocorrendo de forma irregular na região de abrangência da cooperativa, a chuva foi suficiente para a maioria das lavouras de milho e soja.
Para os meses de janeiro e fevereiro, segundo o meteorologista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia, a previsão é de chuvas dentro da média. “As chuvas continuarão ocorrendo, a exemplo de dezembro, de forma irregular, em pancadas, às vezes inclusive intensas em alguns pontos, alternadas com períodos de tempo seco”.
Para março, as simulações indicam que será um mês de tempo mais seco, com influência maior do fenômeno La Niña, diminuindo a possibilidade de ocorrência de chuvas e aumentando o risco de estiagem no Norte do Rio Grande do Sul. “As chuvas em março serão bem mais fracas do que aquelas que vêm sendo registradas desde dezembro e com isso a umidade do solo vai diminuindo gradativamente e o calor será ainda intenso”, comenta Oliveira.
As previsões indicam que o La Niña deve se estender até o meio do ano e a expectativa é que o índice de chuvas fique abaixo da média durante todo o outono. Para a primavera, conforme Oliveira, a previsão é de uma situação mais próxima da neutralidade e as chuvas não ocorrerão de forma tão irregular como aconteceu em 2010. "Em 2011 podemos imaginar uma primavera mais neutra, ou seja, as chuvas mais bem distribuídas acontecendo inclusive no mês de outubro,” finaliza o meteorologista.