Ele atuou por 2,5 anos na sede da Monsanto em St. Louis, USA, como Líder de Desenvolvimento de Biotecnologia na Cultura de Milho.
Segundo Miranda, o crescimento da população mundial, desencadeado a partir de 1950 vai gerar uma superpopulação de 10 bilhões de habitantes até 2050. Neste sentido a produção de alimentos precisa de um expressivo aumento de demanda.
Além disso, o palestrante analisou que o aumento de renda per capita gerou uma demanda maior de proteínas. "Esta informação é importante para o Brasil, que possui uma grande disponibilidade de carne", disse. A agricultura passou por um processo de melhoramento a partir das décadas de 60 e 70, com a revolução verde que propiciou o uso de sementes melhoradas, fertilizantes e defensivos e a inclusão do processo de mecanização, com uso intensivo de tecnologia no plantio, irrigação e colheita.
A biotecnologia fez parte de toda essa evolução. Nos Estados Unidos diversos produtos agrícolas já são produzidos com a transgenia. Lá produtores que utilizam a ciência a favor de sua produção têm, inclusive, descontos com seguro agrícola, pois o país exige que o agricultor tenha seguro de safra. "Hoje a agricultura é responsável por 37% da força de trabalho e o setor agrícola significa 36% de toda a pauta de exportações brasileira", disse Miranda.
No Brasil a biotecnologia evidenciou uma melhora principalmente nos cereais, a partir de 1990. O uso de transgênicos na soja também possibilitou um ganho de 25% na capacidade produtiva do Rio Grande do Sul. Na cultura do milho Miranda exemplificou que o produtor que adotou a tecnologia economizou duas aplicações de herbicidas. Segundo ele a biotecnologia apresentará mais novidades em breve. "A soja bt RR2 está em processo de pesquisa e será desenvolvida especialmente para o Brasil". O país claramente pode ampliar sua área de exploração para suprir essa superdemanda de alimentos que está por vir.
Autor(a): Renata Moreira, correspondente do 24º Seminário Cooplantio
Fonte:Agrolink