As condições meteorológicas da última semana foram bem favoráveis ao desenvolvimento das lavouras de milho em boa parte do Brasil, com exceção da região leste de Goiás e sul do Rio Grande do Sul. Nessas duas regiões o grande problema é a falta de chuva, uma vez que em algumas localidades já não chove há mais de 15 dias. E desse modo, algumas lavouras
já começam a sentir os efeitos da seca, mas os prejuízos ainda são bem pequenos, com perdas que não ultrapassam os 5%. E como essas áreas são de pouca representatividade no cenário nacional, apenas com representatividade local, os prejuízos à produção são pequenos. Ainda mais porque há
previsão de ocorrência de chuvas para os próximos 10 dias, o que poderá aliviar esses prejuízos.
Por outro lado, o tempo mais seco observado na semana passada permitiu que os produtores fossem ao campo e realizassem os tratos culturais, principalmente os tratamentos fitossanitários, já que muitas lavouras estão com alta incidência de doenças e pragas. Em especial nas regiões produtoras de São Paulo, Minas Gerais e região oeste do Paraná. A grande maioria das lavouras ainda não atingiu a fase de maturação, sendo que a maioria encontra-se nas fases de florescimento e enchimento de grãos.
Para os próximos dias são esperadas chuvas em quase todas as regiões produtoras do país, só que mais na forma de pancadas, condições típicas de verão. Somente após o dia 04/02 são esperadas chuvas mais frequentes e até períodos de "invernadas", principalmente sobre a região central do Brasil (Centro-oeste e Sudeste), o que poderá inviabilizar os trabalhos de campo. Mas irá manter as condições favoráveis à produção do cereal. As informações partem do boletim Somar de Meteorologia. (CBL)