Após a prorrogação dos prazos de certificação dos armazéns de produtos agrícolas em dezembro, o governo coloca em curso a revisão da norma técnica que regra a certificação. A análise dos itens que determinam adequações estruturais, tecnológicas e de capacitação para que as unidades obtenham aval do Inmetro deve ser concluído em seis meses pela Comissão Técnica Consultiva do Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras. A dificuldade de cumprimento de parte das regras e o entendimento de armazenadores e cooperativas de que há exigências desnecessárias determinaram o ajuste.
O total de armazéns certificados no país mostra que o sistema não deslanchou. Segundo o Inmetro, até 31 de janeiro, 255 unidades foram certificadas, cerca de 1,4% das 18 mil existentes. A meta do governo para 2010 era de 4,5 mil unidades certificadas, o que representaria 25% do total. Segundo a coordenadora-geral de Infraestrutura Rural e Logística da Produção do Mapa, Maria Auxiliadora Domingues de Souza, a intenção com a revisão, que envolveria uma dezena de itens, é tornar viável a implantação do Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras, melhorando a qualidade dos grãos e reduzindo perdas.
Ela frisa que as maiores dificuldades de adequação ocorrem em unidades antigas, em operação há mais de 20 anos, e descarta novas prorrogações de prazo. "Agora não existe mais a possibilidade de postergação, então os armazenadores terão de se adequar", avisa. Entre os requisitos em análise, estão desde instalações físicas dos escritórios dos armazéns até os sistemas de medição de temperatura e umidade.
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