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Corte tira R$ 2,3 bi do campo

O corte de despesas anunciado ontem pelo governo federal deve tirar mais de R$ 2,3 bilhões das Pastas relacionadas ao campo. O Ministério da Agricultura (Mapa) terá corte de R$ 1,46 bilhão e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), de mais R$ 929,37 milhões. Além disso, o Proagro aparece entre as reduções de despesas obrigatórias, junto a subsídios e subvenções, com corte total de R$ 8,92 bilhões. O detalhamento dos programas contingenciados deve ser conhecido hoje com a publicação do decreto de Reprogramação Orçamentária. Os ministérios do Planejamento e da Fazenda informaram apenas que os cortes referem-se à limitação de diárias e passagens, suspensão de contratos de aluguel, aquisição e reforma de imóveis, veículos, máquinas e equipamentos. "É uma cota de sacrifício, um esforço para cumprir tarefas com menos recursos", disse o ministro da Agricultura, Wagner Rossi.

O Mapa informa que uma das áreas a ser poupada é a de sanidade agropecuária. O secretário de Política Agrícola, Edilson Guimarães, disse que ainda não recebeu informações sobre restrições relativas a instrumentos de comercialização, mas confia que os recursos prometidos serão mantidos.

Contudo, ontem já havia especulações sobre os projetos que devem sofrer os primeiros cortes. O superintendente do Mapa/RS, Francisco Signor, acredita que os maiores reflexos para o Estado serão nos repasses feitos através de emendas parlamentares, principalmente para o Prodesa, programa que prevê apoio a patrulhas mecanizadas e que, no ano passado, recebeu R$ 40 milhões. A superintendência gaúcha recebe anualmente R$ 10 milhões para manutenção da infraestrutura, valor que também deverá ser revisto.

O presidente da Farsul, Carlos Sperotto lamentou os cortes. "Parece que o governo se esquece o quanto a agricultura produz e contribui. É um mau sinal", salientou o dirigente.

Despesas em 2011

- O Mapa receberia R$ 2,869 bilhões. Com corte de R$ 1,468 bilhão, restarão R$ 1,401 bilhão.

- No MDA, a previsão era de R$ 3,268 bilhão. Com redução de R$ 929,375 milhões, devem sobrar R$ 2,339 bilhões.

- Para o item "Subsídios, Subvenções e Proagro", a previsão era de R$ 15,264 bilhões. Com redução de R$ 8,922 bilhões, restarão R$ 6,342 bilhões