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Fórum do Milho discute produção e mercado no Brasil

Fórum do Milho discute produção e mercado no Brasil Consumo aumentou devido a demanda chinesa, ao uso do cereal como matéria-prima para fabricação do etanol e para uso em rações para animais

O primeiro dia da Expodireto Cotrijal em Não-Me-Toque iniciou com o debate envolvendo o tema do milho, com painelistas que mostraram a produção e o mercado do cereal nos estados de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso e na Bahia. O 3o Fórum Nacional do Milho foi realizado no auditório central, e contou com a participação de produtores, empresários e expositores. A abertura do evento foi realizada por Odacir Klein, que explicou que o eixo das discussões desta terceira edição do Fórum era o ‘planejamento geomercadológico para o milho brasileiro.

O Brasil é o quarto em produção de milho no mundo, ficando atrás dos Estados Unidos, China e da União Européia, sendo que no mundo são produzidos cerca de 814 milhões de toneladas. De acordo com o diretor executivo da Copercampos, Clebi Renato Dias, a utilização do milho como matéria-prima para a fabricação do etanol mudou radicalmente a produção do cereal no mundo, o que representou um aumento no consumo de 107 milhões de toneladas. A expectativa é de que a mistura aumente entre 10 a 15%, prevendo um aumento ainda maior no consumo. Outro fator de aumento no consumo é impulsionado pela China, que cresceu em 59 milhões o consumo do cereal para ração para animais. Dias apresentou sobre a produção e o mercado do milho em Santa Catarina, e revelou que no oeste daquele estado é onde se consome e se produz mais milho em SC. Boa parte deste consumo é utilizado pela indústria de carnes, através do uso de ração para alimentação de aves, suínos e bovinos.

Sobre o mercado e produção do milho no estado do Paraná, Nelson Costa, superintendente adjunto da Organização das Cooperativas do Paraná, explicou que o estado teve um aumento no consumo, também, devido ao crescimento da suinocultura e bovinocultura.

Costa ainda abordou sobre o panorama brasileiro do cereal. De acordo com o painelista, houve um bom desempenho dos leilões públicos do PEP milho, retomada das exportações, elevação dos preços no mercado interno e externo, boas perspectivas de aumento das exportações de milho especialmente da China, aumento da produtividade com o uso de mais tecnologias e a demanda interna em crescimento. Porém, neste ano, o que pode impactar o consumo de milho no Brasil são as exportações de coxa e sobrecoxa ao mercado japonês que poderá ficar afetado devido às catástrofes naturais que passaram na última semana. Isso porque o Japão, compra 10% da produção destes cortes de frango do país.

A produção e mercado de milho no Mato Grosso foi apresentado pelo diretor administrativo da Associação dos produtores de soja e milho de Mato Grosso, Carlos Henrique Fávaro. Segundo ele, um dos maiores problemas enfrentados pelo estado hoje é a dificuldade na logística. Por isso, o governo está com vários projetos para melhorar a infraestrutura e logística, no que diz respeito ao setor rodoviário, hidroviário e ferroviário. Já na Bahia, o diretor executivo da Associação dos Agricultores e Irrigantes do estado, Alex Rasia, a maior dificuldade na produção do cereal é devido à inconstância na produção e na área plantada.