Todas as Cidades
Histórico
Chuvas

A palavra de ordem para a agricultura é adaptação

No final da tarde de terça-feira (15) o Auditório Central foi palco do 7º Seminário sobre novos enfoques do agronegócio brasileiro

Este ano, o objetivo era apresentar o Plano Nacional de consolidação de uma economia de baixa emissão de carbono na agricultura. O palestrante, engenheiro agrônomo da Embrapa, Luiz Adriano Maia Cordeiro, destacou os principais pontos do Plano e os perigos oferecidos à economia (principalmente agrária) devido as alterações climáticas que já aconteceram e que podem se intensificar nos próximos anos. De acordo com Luiz Maia existem três relações entre clima e agricultura: a primeira é quando a agricultura sofre ou se sente ameaçada com as mudanças climáticas, que se transformam em fatores que alteram a segurança na atividade agrícola, como o aumento da temperatura, secas e enchentes; a segunda é quando ela é a ameaça ao clima, a partir da emissão de gases que colaboram com o efeito estufa na atmosfera; e a terceira, e mais importante, quando a agricultura revela-se como solução para este processo. Para tanto, é preciso "promover ações de mitigação das emissões, que reduzem os efeitos das mudanças climáticas por meio de sequestro de carbono, redução das emissões de gases do efeito estufa, adoção de sistemas sustentáveis,e, também, ações de adaptação do sistema produtivo ao cenário de aumento de temperatura. E nós temos tecnologia para isso", explica Luiz Maia.

Em 2009, o Brasil participou da COP-15, uma convenção sobre o clima organizada pela ONU que ocorreu na Dinamarca. Nesse evento, o país assumiu um compromisso voluntário: o de reduzir em dez anos em torno de 40% das suas próprias emissões de gases de efeito estufa. Para alcançar esse objetivo, uma das propostas é aumentar a adoção de sistemas sustentáveis na agricultura. Logo após a reunião, foi publicada a Lei número 12.187 que estabelece uma Política Nacional sobre mudanças climáticas. Nesta legislação, "consta o planejamento de vários setores da economia com relação ao que tem que ser feito para atingir aquelas metas de redução de emissões. São várias ações de estímulo aos setores produtivos," esclarece Luiz. Entre essas ações, estão medidas fiscais tributárias, formas de monitoramento, reporte, verificação e adaptação.