Mais de 20 mil produtores realizaram ato ontem, em Brasília, para pressionar o Congresso Nacional pela votação do novo Código Florestal. O setor cobra agilidade na tramitação do substitutivo ao projeto de lei 1.876/99, do deputado Aldo Rebelo, que deve ser apresentado nos próximos dias. A pressa é porque, em 11 de junho, termina o prazo para averbação de reserva legal e, quem não regularizar as áreas terá que pagar multa. O protesto de ontem foi capitaneado pela CNA e teve direito a missa, abraço ao Congresso e arroz de carreteiro na Esplanada dos Ministério, além de reunião com o presidente da Câmara, Marco Maia, e parlamentares. Segundo a presidente da CNA, Kátia Abreu, os produtores querem apenas legalizar o patrimônio. "Não estamos aqui pedindo desmatamento." Após o protesto, a ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, admitiu negociar o adiamento da regularização das reservas.
O texto tem forte oposição dos ambientalistas. O líder da bancada verde da Câmara, Ivan Valente, adianta que prepara um contra-protesto amanhã. Entre as divergências está a anistia ao desmatamento e a redução das APPs. "Não precisamos desmatar. Temos é que agregar tecnologia para produzir mais." O substitutivo ainda é combatido pela Fetraf e pelo próprio PT. Recentemente, plenária da Secretaria Agrária do RS divulgou críticas à flexibilização das normas.
Fonte: Correio do Povo