A China deverá produzir mais milho e menos soja em 2011, de acordo com estimativas divulgadas nesta terça, dia 24, pelo Centro Nacional de Informações sobre Grãos e Óleos, agência do governo do país.
A produção de milho deverá crescer 2,5%, para 181,5 milhões de toneladas, numa área 2% maior, de 33,1 milhões de hectares. Já a safra de soja deverá recuar 7,9%, para 14 milhões de toneladas, numa área 6,8% menor, de 8,2 milhões de hectares. A produção de trigo terá ligeiro aumento de 0,3%, para 115,5 milhões de toneladas e a de arroz deve avançar 0,9%, para 197,6 milhões de toneladas.
Segundo nota de pesquisa do ANZ Bank, apesar do aumento da produção, a China continuará tentando recompor os estoques de milho via importações.
- Desde julho de 2009, a China liberou 44 milhões de toneladas de suas reservas estratégicas para conter os preços - pondera o banco.
Em março, a China National Grains Reserves Corporation (Sinograin), estatal que gerencia as reservas de grãos, comprou um milhão de toneladas de milho dos Estados Unidos.
- Isso se tornará cada vez mais comum e abrirá caminho para uma nova dinâmica nos mercados globais de grãos. A China vai comprar a cada queda de preços de 2011 para frente - disse o ANZ.
As importações de milho quase dobraram em abril, de acordo com dados da Administração Geral de Alfândega divulgados nessa segunda, dia 23. A Sinograin não tem planos de importar mais milho neste momento, segundo seu porta-voz Cheng Bingzhou, mas operadores estatais disseram que o país deve voltar ao mercado se os preços caírem mais.
AGÊNCIA ESTADO