Boas técnicas de manejo podem ser grandes responsáveis pela boa produtividade, principalmente quando o assunto é solo. O manejo e fertilidade do solo na safra 2010/2011 foi um dos temas abordados no evento Apresentação de Resultados de Pesquisa da Safra de Soja 2011/2012, realizado nos município de Naviraí, no dia 10, Dourados, no dia 12, Maracaju, dia 17, Brilhante, dia 19, e Sidrolândia, dia 25, todos no estado do Mato Grosso do Sul.
Segundo Dirceu Luiz Broch, engenheiro agrônomo e pesquisador da Fundação MS, foram apresentados no evento vários resultados de pesquisa, principalmente em relação à maneira de aplicação do fertilizante na cultura da soja.
Mostramos aos produtores que têm solos bem corrigidos e argilosos que eles podem jogar adubação a lanço já no mês de agosto e setembro e depois plantar a soja só com a semente. Então, o plantio é muito mais rápido e você ganha agilidade. Como também, se você fizer isso em um solo de baixa fertilidade, você pode perder 50% da produtividade da soja - afirma o pesquisador.
Portanto, como diz Broch, deve-se conhecer o tipo de solo e, em função dele, escolher o tipo de adubação adequada. Para obter alta produtividade, ele explica ainda que é fundamental fazer uma boa análise do solo seis meses antes do plantio da soja.
Também é preciso fazer, caso precise, uma correção de calcário, de micronutrientes, macro nutrientes e melhorar a palhada do plantio direto, ou seja, fazer um consórcio milho-safrinha-pastagem para melhorar essa palha.
De acordo com o pesquisador, essas medidas são importantes para obter boas produtividades. Ainda segundo ele, o manejo do solo é fundamental para, quando se colocar uma variedade de alto potencial produtivo, obter altas produtividades.
O bom manejo do solo aumenta a produtividade em até 25%. Além disso, diminui o índice de doenças, ervas daninhas e nematóides no solo, armazena mais água e descompacta o solo - orienta.
Broch fala ainda que um bom manejo do solo e a obtenção de boa palhada não impactam no custo para o produtor. Na verdade, ele explica que o agricultor tem sim um bom custo benefício. Ele pode gastar 5% a mais, mas ter um retorno de 20% a 25% a mais na produtividade.
Fonte: Portal do Agronegócio