Passada uma semana das geadas na região sul do Estado, os técnicos da área agrícola estão prevendo uma perda media de 25% na produção do milho safrinha. Agrônomos de escritórios de planejamento rural, cooperativas e instituições de pesquisa ainda estão avaliando a situação desta cultura de inverno, mas existe unanimidade de que os prejuízos vão variar de 20 a 30% na região de Dourados e na fronteira com o Paraguai.
Metade do milho estava em fase de maturação e o restante em estágio de maturação. Com as fortes geadas ocorreu o rompimento dos grãos em parte das lavouras. Com as chuvas que se seguiram ao frio extremo, o quadro piorou para o milho com o apodrecimento de espigas.
Antes desta situação, ocorreu uma estiagem de mais de 20 dias em junho o que prejudicou o desenvolvimento da cultura que apresenta em varias áreas plantadas espigas mal formadas com menos grãos.
A Fundação MS, sediada em Maracaju, estimou essa semana que as perdas com o milho deverão atingir a R$ 200 milhões. Essa estimativa leva em conta apenas a área afetada pelas geadas, que gira em torno de 300 a 350 mil hectares com o plantio tardio.
O agrônomo e consultor agrícola Gilberto Bernardi confirma que a quebra ficará em torno de 25%, com o percentual variando para mais ou para menos, conforme a região, já que a geada ocorreu de forma "manchada" atingindo plantios de maneira desuniforme.
Na microregião de Dourados - que compreende 13 municipios, estão plantados 460 mil hectares de milho safrinha, mais da metade da área do Estado, estimada em 850 mil pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Fonte: Correio do Estado