O trigo no Estado está com bom desenvolvimento vegetativo, com poucas áreas apresentando, até o momento, problemas decorrentes das condições desfavoráveis do clima. Segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, o plantio da safa 2011 está praticamente encerrado: apenas pequenas áreas deixaram de ser semeadas devido às chuvas. A alta umidade presente no solo, aliada à falta de luminosidade adequada, também prejudicou a germinação e o desenvolvimento inicial de algumas lavouras semeadas nos últimos dias. A partir de agora, as condições do tempo serão o foco da atenção dos triticultores, uma vez que, dentro de poucos dias, lavouras plantadas há mais tempo deverão entrar na fase reprodutiva, de floração.
Na cebola, as lavouras das variedades precoces vêm se desenvolvendo satisfatoriamente na região da Serra, estando na fase de crescimento vegetativo. A frequente umidade exige mais atenção e tratamentos foliares preventivos. As sementeiras da variedade crioula estão retomando o crescimento que havia sido brecado pelas baixas temperaturas ocorridas no período anterior. Já na região Sul, as sementeiras de cebola foram favorecidas pelas últimas chuvas, e estão com bom desenvolvimento. O transplante encontra-se em andamento, sendo que, em São José do Norte, 5% da área prevista de 2.000 ha já foi transplantada. Em Rio Grande, com previsão de plantio de 800 ha, já foram transplantados cerca de 450 ha e a expectativa é de uma produtividade de 25 t/ha.
Nos parreirais na região Serrana, são realizadas práticas de tratamentos de inverno com caldas à base de cobre e enxofre. Os viticultores estão finalizando o plantio de mudas de raiz nua, e estas apresentam alta demanda comercial. Ganha ritmo a principal atividade da época dessa estação, a poda de inverno ou seca, com os produtores preocupados com as frequentes e bruscas mudanças climáticas, principalmente quanto à temperatura. Este fator é importante para as espécies de clima temperado, para determinar o momento do encerramento da fase de dormência e o inicio da fase de florescimento e brotação.
Este é o período do início da parição de cordeiros, principalmente das ovelhas encarneiradas mais cedo. Continuam os trabalhos como esquila pré-parto, vermifugação e providência de abrigos para o processo de parição dos cordeiros. A taxa de mortalidade dos cordeiros nascidos é baixa. Apesar da grande procura pela carne ovina, a comercialização de animais para abate continua pequena. As condições nutricionais do rebanho, especialmente dos animais mantidos exclusivamente sobre campo nativo, estão sendo afetadas pela perda de qualidade e quantidade das forrageiras. As condições sanitárias dos ovinos ainda estão boas, porém, exigem cuidados especiais dos ovinocultores em relação à incidência de verminoses e problemas de casco.
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
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