O evento foi prestigiado por diversas autoridades e membros do empresariado, tais como o Secretário de Agricultura do Estado, João Carlos Machado, o Deputado Estadual Paulo Borges, o Prefeito de Camaquã, Ernesto Molon, o presidente da Federarroz, Renato Rocha, o presidente da Associação dos Arrozeiros, José Carlos Gross, o Gerente Regional da Emater, Claudinei Baldissera, entre muitos outros.
Em pauta, um pouco da história de uma das maiores cooperativas do país. A Cotrijal, de Não-Me-Toque, é exemplo mundial em gestão de cooperativismo, e a cada ano que passa aumenta seu patrimônio e o volume de negócios. Para Mânica, em todo lugar existe potencial para que se desenvolvam trabalhos em cooperativas, "desde que não haja apadrinhamento, má gestão e medo de correr riscos. É necessário que a gestão de uma empresa seja levada a sério, e tudo aquilo que não está em harmonia ou que funciona de forma precária deve passar por uma revisão".
Para o palestrante, o grande diferencial do cooperativismo em comparação com os outros modelos de negócios são os serviços oferecidos e a responsabilidade social, sendo a empresa não apenas uma corporação que visa lucro, mas também parte integrante de uma comunidade. É necessário também que se esteja sincronizado com o que acontece no resto do mundo. "Se o mercado está fechado no Brasil e nos países vizinhos, é importante estar antenado e estudar a possibilidade de estabelecer negócios com outros países. É preciso saber o como anda o mundo", afirma.
Para se obter melhores resultados, Mânica assegura que é necessária uma mudança radical na forma de pensar do produtor brasileiro. "Estamos agindo errado da base até o topo. Por exemplo, por que dois ministérios cuidando da agricultura? Isso apenas gera mais desunião. É necessário que toda a cadeia produtiva esteja em harmonia para que se possa produzir mais e melhor", assegura. "Nos países desenvolvidos, o pilar da sociedade está no setor primário, e isso não pode ser diferente aqui. Temos que investir pesado em biotecnologia e protestar forte quando nossos interesses são contrariados. A Cotrijal não é um exemplo de perfeição, mas estamos caminhando na direção certa".
O cooperativismo no Estado foi alvo de uma dura reflexão. Segundo Nei Mânica, o Paraná é o principal foco das cooperativas de sucesso no país, posto que um dia foi ocupado pelos gaúchos. "Para tanto, a Cotrijal dispõe de um núcleo desenvolvido para auxiliar na implantação de modelos de associativismo e cooperativismo. Já fizemos isso em São Paulo, no Paraná e em Minas Gerias. Podemos perfeitamente estabelecer esse tipo de parceria em Camaquã. Aqui existe o potencial, basta que o produtor acorde e corra atrás do que é necessário".
Finalizando, o palestrante deixou claro porque a Cotrijal a ser modelo de sucesso: "o mais importante, no fim das contas, é a credibilidade. Isso deve ser tratado como ouro. Levam-se décadas para construir a credibilidade de uma instituição, e, no entendo, basta apenas uma atitude errada para se perdê-la", garantiu.
João Carlos Machado, responsável pela vinda de Mânica ao evento, fez questão de ressaltar a qualidade dos eventos da Expofeira e Gastronomia. "Quero parabenizar os organizadores da feira, que está se superando a cada ano. O nível das palestras é altíssimo e as atividades de caráter técnico programadas remetem diretamente aquilo que o produtor daqui necessita. A nossa Camaquã está de parabéns", enfatizou o secretário.
Fonte:http://www.expocamaqua.com