A introdução de conceitos de gestão e a busca da eficiência são as marcas da presença dos jovens no comando de negócios rurais, avalia o presidente da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Benami Bacaltchuk. Trata-se, na opinião do especialista, de uma nova safra de produtores que aprendeu que o mercado é mais importante do que o crédito ou a atuação do governo na definição dos preços dos produtos.
Preparados pela convivência e observação dos mercados por cursos de gestão e marketing rural, estão diversificando a produção e apostando na agroindústria para agregar valor aos seus produtos.
- Há um empreendedorismo que repete a coragem dos seus pais e avós pioneiros - reitera Bacaltchuk.
A inserção do agronegócio brasileiro no exigente mercado internacional foi o motor das mudanças no campo nos últimos 25 anos, destaca o ex-ministro da Agricultura Francisco Turra, atual presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos.
- Nós passamos a atuar no comércio global e nos preparamos para sermos competitivos - argumenta.
Transformações baseadas no maior acesso à tecnologia por meio do maior acesso à informação dos produtores, graças às novas ferramentas de comunicação, e pela disseminação das máquinas e implementos agrícolas.
A evolução das últimas duas décadas e meia, no entanto, representa uma etapa no necessário aprimoramento dos processos produtivos na agricultura e na pecuária, de acordo com Turra. Para o ex-ministro, ainda é preciso avançar na produtividade.
- Ainda há grandes espaços para melhorar as médias de produção. Ainda estamos longe das nações avançadas - argumenta.
João Guedes
Fonte: Caderno Campo & Lavoura - Zero Hora