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Plantio do milho foi praticamente concluído em Santa Catarina

As chuvas que se espalham nesta semana pelas lavouras de grãos de Santa Catarina devem fazer o plantio de soja deslanchar nos próximos dias. A semeadura do milho foi praticamente concluída de Campos Novos, na região central, a Abelardo Luz, a oeste. Os produtores de sementes de soja concentrados na região relataram à Expedição Safra que o clima permite um início de safra sem atropelos. O início do cultivo da oleaginosa está marcado para o dia 20 e há previsão de mais chuva. Boa parte das sementes plantadas por produtores do Paraná, Rio Grande do Sul e até Paraguai sai dos campos catarinenses, que têm clima e solo privilegiados para a atividade.

Clima oferece refrigeração natural

Com lavouras em áreas de terra mista e altitudes de 800 a mil metros, a região oeste de Santa Catarina tem clima considerado ideal para a produção de sementes de soja. As plantas exigem duas semanas a mais do que no Paraná para completarem seu ciclo. Mesmo a soja precoce precisa de 110 a 125 dias do plantio à colheita. Porém, os grãos saem do campo bem formados e com umidade de cerca de 15%. Ou seja, não precisam passar por secadores. A temperatura amena faz com que os armazéns funcionem como refrigeradores naturais – os termômetros caem durante a noite, mesmo no verão, reduzindo as médias.

Despesa menor e renda superior

Fazendas como a Nossa Senhora da Salete, com 1,3 mil hectares, e Agrícola Guerra chegam a destinar 85% da colheita para semente, um aproveitamento considerado excelente pelos produtores. Isso significa que a maior parcela da produção rende, além do preço pago pelas indústrias, bônus de cerca de 10%. As vantagens não param por aí. Os custos de produção são menores mesmo na comparação com outras regiões do próprio estado. Em Campos Novos, os produtores desembolsam R$ 1 por hectare de soja enquanto em Aberlardo Luz é possível reduzir os gastos a R$ 900.

Gazeta do Povo