Se os governos dos países ricos e em desenvolvimento chegarem a um acordo, as novas metas só devem entrar em vigor a partir de 2012.
No Brasil, o impacto das mudanças climáticas no campo é pauta obrigatória das principais entidades representativas do setor e objeto de estudo em diversas instituições científicas. A Embrapa criou quatro linhas de pesquisa sobre o tema: cenários futuros, pragas e doenças, sistema produtivo e adaptação genética.
Estudo publicado no ano passado pela Embrapa e Unicamp mostrou quais culturas serão mais afetadas e a nova geografia agrícola nacional que pode surgir em função do aquecimento global. Mais de 220 pesquisadores de 27 instituições estão agora envolvidos com a segunda etapa do projeto. A partir de projeções de mudanças climáticas regionalizadas, eles pretendem simular cenários para mostrar como cada região agrícola brasileira pode ser afetada. As previsões inéditas servirão de subsídio para o desenvolvimento de medidas de adaptação.
"O setor agrícola possui técnicas de manejo que colaboram com o processo de diminuição do carbono, como integração pecuária-lavoura, plantio direto, melhoria de pastagem, boa adubação, redução dos fertilizantes e reflorestamento. Aliadas ao fim das queimadas, elas podem manter o equilíbrio da floresta amazônica e a qualidade da atividade agrícola, tornando o Brasil um dos maiores "limpadores" da atmosfera", defende Eduardo Assad, da Embrapa Informática Agropecuária, que desde 1982 desenvolve pesquisas sobre Agroclimatologia, Zoneamento de Riscos e Mudanças Climáticas Globais.
Fonte: Portal do Agronegócio