A área com transgênicos no Brasil - considerando soja, milho e algodão - deverá ser 20,9% superior à da safra passada, atingindo 31,8 milhões de hectares, conforme levantamento divulgado ontem pela Consultoria Céleres. Nessa projeção, o milho será a cultura de maior expansão, com incremento de área de 32%, ocupando 9,9 milhões de hectares. O percentual equivale a dois terços do total semeado no país, incluindo safra e safrinha. No Estado, o cultivo de milho e soja geneticamente modificados (OGMs) deverá ocupar 5,038 milhões de hectares (sem contar a safrinha), expansão de 5,72%.
A soja geneticamente modificada responderá por 4,11 milhões de hectares no Rio Grande do Sul, marca que deixa o Estado atrás apenas de Mato Grosso, onde o plantio da oleaginosa transgênica poderá alcançar 5,226 milhões de hectares. Relativamente à sua área, porém, os produtores gaúchos são os que mais adotam a transgenia nas lavouras de soja, com 99,2% - ante 78,2% em Mato Grosso.
Já no milho, a taxa de adoção poderá chegar a 76,6% no Rio Grande do Sul, com área de 745 mil ha. O porcentual se equivale ao adotado no Centro-Sul (77,4%). De acordo com Anderson Galvão, analista da Celeres, a taxa de expansão deve-se à confiança na tecnologia. Entre as variedades de milho transgênicas utilizadas no país, a resistência a insetos representa a maior área (4,9 milhões ha), seguida pelas tecnologias de genes combinados (4,4 milhões de ha).
Fonte: Correio do Povo