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Governo estrutura ação contra seca

O governo do Estado anunciou ontem a criação de um plano regional que conta com 19 órgãos estaduais para enfrentar a estiagem no Estado, em 2012. Batizado "Sala de Situação", e sob a coordenação da chefe-adjunta da Casa Civil, Mari Perusso, o programa poderá dispor de mais de R$ 50 milhões para investimentos em açudes, poços artesianos e estrutura para amenizar efeitos da seca. Para confirmar esse orçamento, no entanto, o governo negocia a repactuação de R$ 18 milhões junto ao Ministério da Integração Nacional. Os cofres estaduais, segundo Mari, já contariam com R$ 41,7 milhões.

A sala de situação está atuando em quatro frentes: monitoramento e previsão das alterações climáticas, situações especiais de emergência, abastecimento humano de água e setor primário. Há sete anos, o Estado apresenta índices de chuvas inferiores aos considerados normais para o período (140 a 160 mm). E, ao contrário dos anos anteriores, quando a estiagem ficou circunscrita à Metade Sul, em 2011, a pouca chuva e a elevação das temperaturas concentram-se no Centro e Norte, onde está o grosso da produção de soja e milho. São ações que podem amenizar problemas como os enfrentados em Santo Angelo. Com 4,7 mil hectares, a quebra do milho pode chegar a 70%, lamenta o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Oswaldino Lucca.

Questionada sobre os possíveis impactos à economia rural, a chefe-adjunta da Casa Civil disse que é cedo para uma avaliação. "Ao final de janeiro poderemos ter mais clareza sobre os números." O secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Franco de Oliveira, mostra preocupação em relação ao milho, cultura vital para as cadeias de suínos, aves e leite. A Defesa Civil registrou 16 municípios com situação de emergência decretada. Outros 13 estão em vistoria, segundo Oscar Moiano, da Defesa Civil.