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Soja definirá impacto da seca no Estado

Soja definirá impacto da seca no Estado Levantamento indica que estiagem ainda não superou a de 2004/2005 A força da seca que atinge a safra 2011/2012 será colocada à prova nas próximas semanas. Se a falta de chuva persistir, o impacto deverá atingir em cheio a lavoura de soja e, com isso, elevar a atual projeção de perda, estimada em 4 milhões de toneladas de grãos. Levantamento realizado pela MetSul com base em dados do Oitavo Distrito de Meteorologia indica que a atual seca ainda não bateu de forma generalizada a de 2004/2005, a pior da história recente do RS. Segundo o meteorologista Luiz Fernando Nachtigall, a escassez em andamento é maior em algumas estações, mas menor em outras. Para a análise, foram considerados os períodos críticos nas duas estiagens: 71 dias em 2011/2012 e 110 dias em 2004/2005. Há sete anos, a primeira quinzena de novembro de 2004 foi chuvosa no Estado, mas, a partir do dia 15 de novembro, iniciou-se um período de elevado déficit hídrico que perdurou até março de 2005. Em 2011, a estiagem iniciou no final de outubro e começo de novembro e foi de forte intensidade na maior parte do Estado até que, entre 12 e 15 de janeiro de 2012, houve chuva abundante. "Nenhuma estiagem é igual a outra. Cada uma tem sua história", pontua Nachtigall.

Mais do que longa, a estiagem de 2005 foi dramática porque teve o seu auge de escassez no período em que há a maior demanda hídrica da soja, o que ainda não aconteceu neste ano. Com 50% da área em estágio crítico, o agrônomo da Emater Dulphe Pinheiro Machado Neto espera que a cultura seja beneficiada com, pelo menos, duas ou três chuvas até metade de fevereiro. Segundo a MetSul, a previsão é de pancadas até a primeira metade da próxima semana. Apesar de localizadas, devem alcançar mais municípios, inclusive em algumas localidades onde se destaca o cultivo de soja e que, até então, não haviam sido beneficiadas. Uma ameaça é a possibilidade de granizo. Hoje, a previsão climática será tema da reunião do Conselho de Agrometeorologia do Estado, de onde deve sair outro diagnóstico para as próximas semanas e orientações ao produtor.

Fonte: Correio do Povo