Debate envolveu representantes de vários setores
Mediado pelo jornalista Lasier Martins, sob promoção da RBS TV, o evento discutiu os caminhos para viabilizar a irrigação no Rio Grande do Sul. A conclusão é de que hoje o principal empecilho para que o sistema avance nas lavouras de soja e de milho é a legislação ambiental inadequada e a morosidade da Fepam.
Segundo os debatedores, há água disponível no estado para atender a demanda dos produtores e há grande interesse na instalação de sistemas de irrigação, mas milhares de projetos estão parados na Fepam esperando liberação. O órgão alega falta de pessoal para agilizar os processos. Em depoimento durante o evento, um produtor informou que está aguardando a liberação do licenciamento desde 2009. "Não podemos deixar esse tema morrer na próxima chuva", alertou outra participante.
A necessidade de apurar se o sistema elétrico gaúcho comporta grandes investimentos em irrigação e os altos custos também foram apontados como dificuldades. Além disso, ficou clara a necessidade de maior união de esforços entre as entidades representativas do agricultor na defesa dos seus interesses junto aos governos estadual e federal e também aos parlamentos.
Ao final do debate, o presidente da Cotrijal e da feira, Nei César Mânica, sugeriu que a Farsul centralizasse as sugestões levantadas para elaborar um documento a ser entregue para os governos estadual e federal. "Nossa atuação não pode se resumir a essa discussão", afirmou. "Já mostramos nossa força em outras ocasiões e entendo que podemos novamente unir todas as entidades interessadas nesse assunto para buscar o atendimento de nossas necessidades".
Também participaram do debate o coordenador regional da Fetag, Pedro Paulo Nienow; o coordenador da Comissão de Irrigantes da Farsul, João Augusto Telles; e o produtor rural Vilson Fontana.