Temperatura alta verificada no Estado no fim de semana deve se manter até a metade da semana, seguida de tempo instável.
Depois de uma prévia do inverno, na semana passada, quando foram quebradas marcas históricas de frio para o mês de março, os gaúchos enfrentarão, nesta semana, um veranico de abril. O ar quente e seco, que já levou milhares de pessoas a aproveitar o final de semana ao ar livre, manterá a temperatura em elevação pelo menos até quarta-feira, podendo alcançar 35°C no Estado. O clima deve mudar outra vez a partir de quinta-feira, trazendo chuva ao início do feriadão de Páscoa.
Conforme a meteorologista Estael Sias, da Central de Meteorologia, o abafamento será intensificado pelos ventos que devem soprar do norte.
- O vento norte cria uma espécie de bloqueio, impedindo a chegada da chuva até o meio da semana. A cada dia, a temperatura sobe e mantém a sensação de calor - avisa Estael.
O meteorologista do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/Inpe) Olívio Bahia do Sacramento Neto observa que, devido às condições que inibem a formação de nuvens, a incidência da radiação solar sobre o Estado também contribui para a elevação dos termômetros.
- Haverá uma grande massa de ar quente entre a Argentina, o Paraguai, a Bolívia e parte do Brasil. No Rio Grande do Sul, a parte mais aquecida deverá ser o extremo Oeste - indica.
O ápice do calorão deverá ocorrer entre amanhã e quarta-feira, quando a máxima poderá bater nos 35°C - em Porto Alegre, os termômetros vão superar os 30°C durante as tardes.
Durante o final de semana, os gaúchos já puderam experimentar uma prévia do veranico. Ontem, a temperatura variou de 9,7°C, em Cambará do Sul, a 33,6°C, em São Luiz Gonzaga. Na Capital, a marca mais alta foi de 31,1°C. Depois de uma semana de mínima abaixo da média esperada para o mês de março, muitas pessoas aproveitaram os dias de folga para caminhar ao ar livre, correr e passear em áreas verdes.
Na semana passada, várias cidades registraram temperatura mínima incomum para o período do ano. Na Capital, por exemplo, os 9,8°C verificados foram a temperatura mais baixa em março em 22 anos. Em Santa Maria, os 6,4°C marcaram o maior frio em 48 anos para aquele mês.
Agora, confirmando uma característica de oscilação nos termômetros que deverá caracterizar o outono e o inverno, volta o calorão.
Fonte: Zero Hora