No seu segundo ano-safra em operação, o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), do governo federal, almeja financiar R$ 1,5 bilhão em projetos sustentáveis no país. A meta está alicerçada no desempenho até agora. Na safra 2011/12, a contratação cresceu 107%, de R$ 241.3 milhões para R$ 501.2 milhões, frente à safra 2010/11. O coordenador do ABC, Carlos Magno, acredita que a alta se deve a maior divulgação da linha e suas condições de crédito. A partir do ciclo 2012/13, o objetivo é avançar, chegando aos R$ 3 bilhões em financiamentos anuais.
No Estado, o volume chegou a R$ 41 milhões para 160 projetos entre julho de 2011 e fevereiro. Segundo a superintendência do Banco do Brasil, outros 350 projetos, que somam R$ 100 milhões, estão em análise. Não há base comparativa porque no período anterior o volume era muito incipiente. A estratégia de divulgação envolve criar grupo gestores. O Rio Grande do Sul é um dos 11 estados que desde fevereiro tem o grupo. A previsão é de que eles sejam constituídos em todos os estados até o meio do ano.
Para o assessor da Farsul, Eduardo Condorelli, o programa é complexo, mas o grupo, com a realização de seminários, deve ajudar na "popularização" do ABC. "O programa é importante pela nova forma de encarar o agronegócio com a finalidade de produção e não de culturas ou atividades individualmente." Mesmo assim, falta sintonia fina. O vice-presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, diz que o ABC ainda parece muito burocrático. "Estamos buscando nos aprofundar para depois levar as informações aos produtores e explicar como realmente funciona."
Fonte: Correio do Povo