O Proagro deve pagar o maior número de indenizações dos últimos seis anos. A estimativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) é que R$ 680 milhões saiam dos cofres da União para atender a 100 mil comunicados. Até agora, foram registrados 91 mil pedidos, sendo 55 mil oriundos do Rio Grande do Sul.
As secas no Nordeste e no Sul do país motivaram a disparada. Conforme o coordenador geral de Gestão de Riscos e Seguro Agrícola do MDA, José Carlos Zukowski, na safra 2005/2006 foram 140 mil solicitações. "As maiores perdas estão nas plantações de milho e soja." Para conseguir o benefício, que prevê a cobertura de renda de até R$ 3,5 mil e quitação do financiamento, é preciso comprovar perda superior a 30%. "Este ano, tivemos muitas comunicações, mas pouca perda total. Diferentemente, da safra 2004/2005, em que perder tudo era uma realidade mais presente." No Estado, segundo a Conab, o milho deve ter quebra de 39,8% em relação à safra passada. Já na soja, o índice chega atualmente a 43,8%.
Pela intensa demanda, a média de espera pela indenização tem sido de até três meses. Situação que preocupa entidades como a Fetag, que teme que o produtor sofra ainda mais as consequências da quebra da safra. "No máximo, 30 dias seria um período de espera razoável. O problema é a burocracia do processo. Se o produtor pede a indenização é porque está precisando, esperar tanto gera ainda mais desconforto", expõe o presidente da entidade Elton Weber.
No Banco do Brasil, que opera a maior parte dos comunicados no país, ainda existem, só no Estado, 29,3 mil pedidos em análise. A gerência executiva de Agronegócios informou que criou uma força-tarefa de 200 funcionários para atender ao Proagro.
O mapa das indenizações no ciclo 2011/12
91 mil comunicados recebidos, sendo 55 mil Estado;
28 mil pedidos foram pagos, no total de R$192 milhões, sendo 14 mil no Estado, onde a cifra alcança R$89 milhões;
O restante - 63 mil solicitações - estão em análise.
Fonte: MDA