A previsão é do presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), Valdecir Folador, com base no comportamento do consumo em 2009 e no aumento das exportações em 2010, após dois anos de retração.
Na avaliação do presidente da ACSURS, a superação da crise financeira mundial, a retomada da demanda nos países emergentes, a redução dos excedentes exportáveis no Canadá e na União Europeia e a abertura de novos mercados tendem a elevar os preços do produto no mercado internacional e aumentar a procura pela carne suína brasileira. Sua estimativa é de que as exportações cheguem a 610 mil toneladas EM 2010, vendas que devem acontecer a preços semelhantes aos praticados em 2008, antes da crise. "Para atender o crescimento da demanda, a produção nacional de carne suína deve chegar à marca de 3,2 milhões de toneladas em 2010, praticamente estável com relação a 2009, mas 6% maior na comparação com o volume produzido em 2008", salienta.
De acordo com Folador, o ano de 2009 foi bastante difícil para a suinocultura brasileira. A situação só começou a melhorar no último trimestre, mas não a ponto de reverter as perdas sofridas durante o período de crise. Ele ressalta que o que segurou o setor neste ano foi o consumo interno, que aumentou de 13,4 quilos para 13,8 quilos per capita, embora às custas do produtor, que não teve rentabilidade.
META DA COTRIJAL É ESTIMULAR EFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO
Embora a rentabilidade da produção de suínos tenha ficado abaixo do desejado, os produtores da Cotrijal, em geral, não sentiram tanto os efeitos da crise internacional no setor. Diante da projeção de um ano de dificuldades, a Cotrijal, ainda no final de 2008, estabeleceu metas junto aos parceiros na atividade para tentar melhorar o desempenho e consequentemente diminuir custos de produção. Segundo o gerente de Produção Animal da Cotrijal, João Batista Chaise, a adoção dessas metas possibilitou melhora significativa dos índices técnicos na maioria das propriedades e amenizou um pouco os efeitos dos baixos preços de venda em relação ao alto custo de produção. "Felizmente, fechamos o ano com índices muito bons, melhores que os de 2008, especialmente em termos de melhoria na conversão alimentar e índice de mortalidade", analisa. Para 2010, mesmo com a expectativa de aumento da rentabilidade em consequência do incremento do consumo e das exportações, especialmente a partir da metade do ano, a intenção da Cotrijal é continuar investindo em recursos e tecnologias para garantir um melhor resultado ao produtor.
FONTE: Jornal da Cotrijal
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