Mânica apresentou o quadro atual das cooperativas
O evento faz parte do projeto Radiografia da Agropecuária Gaúcha, que está sendo desenvolvido pela Comissão de Agricultura e Presidência da AL e integra os Grandes Debates do Parlamento gaúcho.
O deputado Ernani Polo (PP), presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, destacou a importância do debate pela relevância do tema. O parlamentar sublinhou que tanto o palestrante quanto os debatedores trouxeram importantes contribuições e destacou a participação de parlamentares e entidades que entendem a importante contribuição do cooperativismo no desenvolvimento do Rio Grande do Sul e do país. "As cooperativas, sejam elas de crédito, agropecuárias e de trabalho, além de formentar o desenvolvimento, também cumprem uma função social muito relevante em nossa sociedade, como ficou evidenciado neste encontro", frisou.
O presidente do órgão técnico também alertou para os desafios a serem enfrentados e superados pelas cooperativas com a participação da Assembleia gaúcha, Câmara e Senado Federal na construção de políticas públicas para fortalecimento e apoio ao setor cooperativo do Rio Grande do Sul. "Este é o objetivo do projeto da Radiografia da Agropécuária Gaúcha, justamente levantar as demandas e, a partir daí, buscarmos soluções para questões da agropecuária, que é a grande engrenagem que move a economia do Rio Grande do Sul e do nosso país", conluiu o parlamentar.
O deputado Frederico Antunes (PP) agradeceu a oportunidade de poder ouvir experientes representantes de cooperativas que desenvolvem um relevante papel na sociedade gaúcha, seja na área do crédito, seja junto a pequenos agricultores. Ele destacou a necessidade de se investir para manter as novas gerações na atividade agrícola através da capacitação e melhorias na qualidade de vida. Salientou ainda que existem grandes desafios a serem enfrentados e vencidos, como as questões de regulamentação, de infraestrutura e logística, tributária, de energia elétrica e do Mercosul.
Para Altemir Tortelli (PT), o cooperativismo desenvolve, no Brasil, um papel de Estado e, por isso, é necessário que as políticas públicas e os orgãos de fomento beneficiem as cooperativas. "Se não se investir em educação e assistência técnica, não haverá sucessão na agricultura familiar", alertou o parlamentar.
A deputada Zilá Breitenbach (PSDB) elogiou o trabalho de radiografia da agropecuária gaúcha que está sendo desenvolvido pela Comissão de Agricultura. Para a parlamentar, o que faz as pessoas ficaram nas propriedades é a renda.
Perspectivas e desafios
Nei César Mânica apresentou o quadro atual das cooperativas no Brasil e Rio Grande do Sul e a importância dessas organizações para o desenvolvimento do Estado. Para o palestrante, os desafios que precisam ser enfrentados pelas copoperativas estão relacionados ao aumento da demanda global de alimentos, carência de áreas disponíveis, escassez de água, além da busca de aumento da produtividade. "O modelo cooperativo é o melhor caminho para responder aos desafios colocados", avaliou.
Para que as cooperativas sejam exitosas, alertou Mânica, elas precisam ter propósitos claros, controle da produção, tecnologia adequada e comprometimento com os reultados. Entre os desafios estão o acesso aos mercados globais, rastreabilidade e internacionalização. Para Mânica, o cooperativismo precisa aceitar os riscos, buscar eficiência operacional, manter uma estrutura organizacional adequada e profissionalizada, além de ter um quadro social organizado.
Chaves do sucesso
Como fatores preponderantes para o sucesso das cooperativas, Mânica defendeu que elas não podem ser instrumentos de política partidária; não podem tolerar subsídios cruzados; devem manter uma gestão adequada; buscar a manutenção do homem no campo e a inserção do jovem no cooperativismo; manter foco no negócio; não misturar governança com estrutura organizacional; ter a comunicação como chave do sucesso - comunicação interna e externa claras; ter regras claras para o negócio e possuir capital próprio - capitalização da cooperativa. Precisamos viver constantemente de desafios, argumentou Mânica, e o cooperativismo é necessário, útil e saudável, concluiu.
O presidente do Sicredi, Ademar Schardong, destacou que a sociedade precisa assumir o tipo societário cooperativo. Para ele, é de responsabilidade da organização a gestão e cabe ao Estado dar segurança jurídica aos negócios.
Também participaram os deputados Aloísio Classmann (PTB), Edson Brum (PMDB), Giovani Feltes (PMDB), Lucas Redecker (PSDB), Pedro Westphalen (PP), Heitor Schuch (PSB), Jeferson Fernandes (PT), Valdeci Oliveira (PT), Alceu Barbosa (PDT), Gerson Burmann (PDT), secretários estaduais, municipais, vereadores e representantes da Ocergs, Ageflor, Federasul, Escola Técnica Agrícola de Viamão, UFRGS, IBGE e Irga, entre outros.
Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
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