O Ministério da Agricultura e a Embrapa estão desenvolvendo variedades transgênicas resistentes à seca.
A pesquisa busca reduzir os custos na lavoura e contribuir para a preservação do meio ambiente. O trabalho que iniciou em 2008 conseguiu identificar um gene dentro do genôma do café tolerante ao estresse hídrico que foi introduzido em plantas modelo. As plantas não modificadas sobreviveram apenas 15 dias sem água enquanto as que receberam o gene sobreviveram mais de 40 dias. O pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Eduardo Romano, afima que este gene está sendo colocado nas culturas comerciais.
- Nós estamos introduzindo esse gene não mais em uma planta modelo, mas em culturas, em lavouras importantes para o agronegócio que seriam cana-de-açúcar, arroz, trigo, algodão e soja - explica Eduardo.
A ideia, segundo o pesquisador da Embrapa, é criar condições de expandir a agricultura para áreas que hoje estão degradadas.
- O produtor vai ter a oportunidade de usar as áreas que estão degradadas hoje e conservar as áreas de auto biodiversidade, não avançar a fronteira agrícola para onde não deve - garante o pesquisador.
A pesquisa deve ter um resultado direto no aumento de produtividade, refletindo inclusive no preço do produto quando chegar na gôndola do supermercado. O pesquisador Eduardo Romano afirma que o produtor vai contar com uma tecnologia que reduzirá os custos da produção, até o consumidor. A estimativa de lançamento dessas variedades é para 2017.
Fonte: Campo e lavoura