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Ministério da Agricultura será regionalizado

Mendes Ribeiro pretende aproximar as ações federais do médio produtor para melhorar relacionamentoO ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho apresentou ontem na Expointer o Projeto de Regionalização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) visando a aproximar o governo federal do produtor agrícola de médio porte. "Quem produz quer o ministério mais perto dele, cuidando, e esta é a essência desse projeto", destacou Mendes.

A iniciativa abrangerá as regiões Sul e Nordeste do País, localidades que mais sofreram com os efeitos climáticos, e, segundo ele, integra uma das ações que comemora seus 12 meses à frente da pasta. Baseado em três pontos, política agrícola diferenciada, sistema nacional de defesa agropecuária e administração, o projeto foi elaborado com o sentido de oferecer soluções específicas para os problemas regionais. O Rio Grande do Sul e o Nordeste foram escolhidos como áreas-piloto para o lançamento, que tem na pauta da política agrícola diferenciada o melhoramento da armazenagem, a irrigação, a recuperação de solos, a instalação de novas estações meteorológicas, o acesso ao crédito, o seguro rural e o apoio à comercialização.

"Estas ações irão gerar mais renda ao produtor, aumentar a produtividade e incentivar as boas práticas ambientais", destacou o ministro. O sistema nacional de defesa agropecuária levará em conta as realidades e necessidades regionais para aumentar a eficiência dos sistemas de proteção, garantindo a qualidade dos alimentos que chegam à mesa do consumidor e também dos que são exportados. A administração prevê a melhoria dos processos, por meio da maior agilidade e eficiência, com a realocação de pessoas e funções, se houver necessidade. "Com isso será possível ampliar a renda do produtor e colocar alimentos mais baratos e mais abundantes na mesa dos brasileiros", disse o ministro.

O Rio Grande do Sul foi escolhido como piloto por sua diversidade de culturas, e também na tentativa de minimizar as adversidades climáticas e melhorar a competitividade na fronteira do Mercosul. Para isso foi dividido em três regiões: Nordeste, Noroeste e Metade Sul. Em cada uma foi realizado um diagnóstico. Com isso verificou-se a necessidade de integração lavoura e pecuária, floresta e irrigação, de diversificação de culturas, alternando o cultivo de grãos, produção de leite, suínos e aves e o fortalecimento da agroindústria frutícola. A viabilidade do projeto será através de parcerias entre o governo e diversas instituições.

Fonte: Jornal do Comércio