Apenas 3% das mais de 440 mil propriedades rurais do RS dispõem de sistemas de irrigação. A explicação da própria Secretaria da Agricultura é o receio dos produtores em adquirir equipamentos e depois não obter as licenças para o uso da água. Para isso, o governo estado promete reduzir a burocracia e assim cumprir a meta de dobrar a área irrigada no estado até o ano de 2014. O assessor técnico da Secretaria Estadual da Agricultura, Paulo Lipp, afirma que a conscientização sobre a importância da tecnologia será fundamental.
- Os agricultores começarão a se dar conta que realmente é uma ferramenta como um trator ou uma colheitadeira, inclusive mais importante, porque sem água, não tem produção - salienta o assessor.
Através do Programa Mais Água Mais Renda o governo do estado paga até 30% do investimento em pequenas propriedades e oferece assistência técnica para o desenvolvimento dos projetos. Os bancos estatais estão oferecendo linhas de crédito com juros facilitados. A Farsul afirma, no entanto, que o custo para irrigar 1 hectare de lavoura no Brasil ainda é o dobro do que nos Estados Unidos. A explicação, segundo o diretor da Farsul, João Augusto Telles, está na carga tributária.
- Hoje o produto final, o pivô montado, está isento, mas os componentes não. O aço, os pneus, os motores que vão nesse equipamento ainda estão com uma alta tributação. Acredito que o governo em uma política de irrigação tinha que pensar em baixar o custo deste equipamento para ajudar - ressalta o dirigente.
Desde a década de 80 foram instalados mil e 100 equipamentos em apenas 600 propriedades rurais de todo o estado.
Fonte: Campo e Lavoura
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