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Preço puxa safra recorde de soja

Preço puxa safra recorde de soja Embalados pelo mercado, produtores apostaram no grão, que deve somar 12,19 milhões de toneladas no RS, segundo a ConabEstimulados pela alta dos preços da soja ao longo de 2012, produtores levaram o Estado a bater o recorde de área plantada e devem ser responsáveis pela maior colheita da história do grão no Rio Grande do Sul. Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado ontem indica que os 4,61 milhões de hectares cultivados resultarão em pelo menos 12,19 milhões de toneladas.

Com isso, a soja se destaca naquela que deve ser a segunda maior safra de grãos do Estado.

- Esse resultado é puxado pelas condições do mercado, em que o preço estimulou o produtor a plantar - avalia o superintendente da Conab no Rio Grande do Sul, Glauto Melo.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado, Ireneu Orth, ressalta que o número divulgado pela Conab pode até aumentar nos próximos levantamentos. Fatores como a chuva regular na época do plantio e a entrada de soja em áreas de milho que foram perdidas na geada de setembro ajudam a explicar os prognósticos.

- Este é o momento de recuperar as perdas com a safra passada devido à seca - afirma Orth.

Na metade de 2012, a saca de 60 quilos da soja ultrapassou os R$ 80 no porto de Rio Grande. O efeito, causado pela menor oferta do grão depois da quebra da safra sul-americana e da seca nos Estados Unidos, fez com que cerca de 45% dos agricultores gaúchos vendessem antecipadamente a produção a preços em torno de R$ 74 a saca.

Com a perspectiva de aumento de produção no Brasil - que pode colher 180,41 milhões de toneladas -, as cotações caíram. Nova valorização poderá ocorrer, porém, se as previsões da meteorologia de uma nova estiagem para a safra americana, que começa a ser plantada em maio, forem confirmadas.

- Em um cenário assim, os preços podem disparar de novo - diz o analista de mercado Farias Toigo.

Se o recorde de soja é comemorado, a alta na produção de arroz preocupa o setor, que sofreu com a baixa de preços em 2011. Ontem, o governo federal anunciou o cancelamento dos leilões.

- A safra está entrando e achamos que, em decorrência dessa pequena queda de preço, é melhor suspender e parar de colocar os estoques do governo neste momento - disse Edilson Guimarães, diretor de comercialização e abastecimento do Ministério da Agricultura.

Fonte: Zero Hora