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Lagarta Helicoverpa chega ao RS, pela primeira vez, confirma pesquisa

Lagarta Helicoverpa chega ao RS, pela primeira vez, confirma pesquisa

Estudos desenvolvidos concomitantemente na Universidade de Passo Fundo (UPF), na Embrapa Trigo e na Universidade Federal de Santa Maria, desde dezembro de 2012, permitiram registrar pela primeira vez a ocorrência de Helicoverpa armigera, no estado do Rio Grande do Sul.

No caso da UPF (Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária) e da Embrapa Trigo, lagartas sob suspeita foram coletas em lavouras de soja e criadas em laboratório pelos pesquisadores José Roberto Salvadori e Paulo Roberto Pereira, respectivamente, até obtenção de adultos, que foram encaminhados ao Dr. Alexandre Specht (Embrapa Cerrados). O especialista confirmou que mariposas obtidas de lagartas que ocorreram nos municípios de Passo Fundo, Espumoso e Carazinho eram realmente da nova praga.

Depois de comunicarem oficialmente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), os pesquisadores receberam, no dia 19 de novembro último, a validação de suas pesquisas por parte do órgão federal, sendo então autorizados a divulgar a descoberta. No entanto, só depois de participaram de uma reunião para alinhamento de informações e posicionamento sobre o manejo da praga, que ocorreu no dia 21 de novembro, no MAPA, é que J. R. Salvadori e P. R. Pereira decidiram tornar pública a novidade.

Ainda não se sabe se a severidade da praga no estado gaúcho vai atingir os mesmos níveis que ocorrem nos Cerrados, pois as condições climáticas e os modelos de sucessão de culturas são diferentes nessas regiões. Por esta razão, os pesquisadores recomendam que o problema seja encarado com cautela, mas sem pânico, precipitação ou sensacionalismo. Todavia, eles insistem que o monitoramento deve ser constante e cuidadoso para constatar possíveis infestações da praga logo no início e então poder adotar as medidas de controle adequadas e no momento certo.

Os pesquisadores da FAMV e da Embrapa Trigo estão coletando informações de dezenas de armadilhas de feromônio já instaladas no norte do Estado. Com o apoio técnico do professor José Roberto Salvadori, a Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial, está implantando um consistente projeto de monitoramento e manejo desta praga, no âmbito de seus associados e área de abrangência.

Fonte: Agrolink