Questão da lavoura foram analisadas
A iniciativa visa alertar os produtores para a risco de grandes perdas na soja caso a doença não seja controlada de forma adequada. De acordo com o Departamento Técnico da Cotrijal, a ferrugem está presente em 100% das lavouras. "Onde não tem ferrugem foi porque não procuraram direito ainda", afirma o pesquisador da Fundacep Lucas Navarini, que acompanhou os dias de campo realizados pela cooperativa.
No dia 5 de fevereiro, o pesquisador da Fundacep esteve reunido com toda a equipe técnica da Cotrijal para repassar informações sobre o avanço da doença no estado e como manejá-la corretamente, envolvendo parte teórica e depois prática na área experimental da cooperativa, em Não-Me-Toque. Na manhã desta segunda-feira, 8/2, foi realizado um dia de campo na área experimental reunindo produtores de Não-Me-Toque, Victor Graeff, Tio Hugo e Lagoa dos Três Cantos. Na segunda-feira à tarde, foi realizado dia de campo em Saldanha Marinho, envolvendo também Colorado. Na terça-feira, 9/2, pela manhã, o dia de campo aconteceu na propriedade do associado Sílvio Luft, em Carazinho, envolvendo também Santo Antônio do Planalto, Almirante Tamandaré do Sul e Coqueiros do Sul. E na terça-feira à tarde, na propriedade do produtor Mário Ivan Novello, em Mato Castelhano, envolvendo também Passo Fundo.
Conforme o coordenador técnico da Cotrijal, Robson de Quadros Sandri, a safra 2009/2010 é totalmente diferente das anteriores, quando a doença ocorria de forma apenas esporádica. "Hoje vivemos uma verdadeira epidemia de ferrugem asiática no Rio Grande do Sul, provocada pela combinação explosiva: entrada da doença 30 dias antes, atraso no plantio da soja e condições climáticas extremamente favoráveis à doença", explica.
A preocupação da Cotrijal no momento, de acordo com Sandri, é oferecer alternativas técnicas e de manejo que permitam ao produtor conviver com o problema até o final do ciclo da cultura de forma a sofrer menos impactos negativos possíveis. "Essa é uma safra diferenciada, que exige ações diferenciadas para que se possa garantir a saúde financeira da propriedade", alerta.
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