Reunião marca início do Projeto Escola no Campo
Nada de livros didáticos e conteúdos distantes da realidade local. Uma nova forma de ensinar tem contribuído para mudar a maneira de pensar das novas gerações de agricultores das escolas da rede pública de Ensino Fundamental que integram o Projeto Escola no Campo. As atividades da 13ª edição do projeto tiveram início nesta terça-feira (3), com uma reunião na sede da Cotrijal, em Não-Me-Toque. Participaram secretários de Educação e professores de 13 municípios da área de abrangência da cooperativa.
Durante o encontro, a coordenadora de educação da Fundação Abrinq, Amélia Bampi, falou da importância dos profissionais de ensino trabalharem questões como o cuidado com o meio ambiente, a saúde humana e a produção de alimentos saudáveis de forma interdisciplinar. "A ideia é ir além das aulas de Ciências. Mudar o ambiente da sala de aula, tanto do meio rural como urbano, através de ações baseadas na cartilha do projeto, e fazer com que esse conhecimento chegue até a comunidade", reforçou. Na oportunidade, foram entregues aos professores as cartilhas que serão usadas em sala de aula durante o ano letivo.
"O nosso estudante é o produtor de amanhã. Quero ver o meu aluno plantando no campo e de forma correta. Quero a saúde dele em primeiro lugar", ressaltou a professora de Ciências Sociais Rubia Annes, que atua nas escolas Osvaldo Cruz e Educarte de Ernestina. Segundo ela, uma das maiores preocupações da gurizada é com relação aos EPIs. "Muita coisa já mudou desde o início do projeto. Depende da consciência de cada um, mas também do trabalho de "formiguinha"", observou. "No geral, o projeto é bem aceito nas escolas. A gente percebe que os alunos estão mais conscientes e motivados", avaliou a secretária de Educação de Ernestina, Ingrid Liliane Worst.
"É uma iniciativa interessante, vitoriosa e que está aberta a sugestões. O melhor de tudo isso é que muitos desses alunos se destacam e fazem a diferença na comunidade onde a cooperativa está inserida", destacou o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder.
O Escola no Campo é desenvolvido desde 2002 pela Cotrijal, Syngenta, Fundação Abrinq e secretarias de Educação da região. O projeto tem como principais objetivos ressaltar a importância da preservação do meio ambiente, informar que menores de 18 anos não devem manusear defensivos agrícolas, demonstrar a importância da produção de alimentos saudáveis e, através das crianças, sensibilizar os pais quanto ao uso correto de defensivos agrícolas. Também visa valorizar o trabalho do agricultor, fazendo com que sinta orgulho da atividade que desenvolve. Em 2013, o projeto envolveu mais de 1,5 mil estudantes dos 5° e 6º anos de 59 escolas municipais e estaduais e 148 professores de 13 municípios da área de ação da Cotrijal.
Novo encontro - Na primeira quinzena de julho será realizada uma nova reunião com os envolvidos no projeto para definir demais ações e data de encerramento das atividades.