Indústria moageira avalia trigo gaúcho

Desde a segunda-feira (3), um grupo de representantes da Associação Brasileira das Indústrias de Trigo (Abitrigo) está percorrendo instituições e empresas de melhoramento de trigo no Rio Grande do Sul, para discutir problemas e perspectivas do trigo gaúcho. As visitas seguem até esta quarta-feira (5). Na terça (4), o grupo esteve reunido com gestores da Cotrijal, em Não Me-Toque.

O assessor institucional da Abitrigo, Reino Pécala Rae, explicou que o "giro Gaúcho" tem por objetivo discutir os problemas enfrentados pela triticultura gaúcha e as soluções esperadas num futuro próximo. "Queremos ouvir obtentores de variedades, mais voltadas à aplicação de mercado, e empresas de melhoramento, mas também as percepções do setor produtivo, através de cooperativas e produtores", esclareceu. Rae disse ainda que a Cotrijal foi incluída no roteiro de visitas pela imagem positiva que conquistou no mercado do trigo. As visitas tiveram início na Embrapa Trigo, em Passo Fundo. Na conversa que teve com o grupo, o superintendente de Produção Agropecuária da Cotrijal, Gelson Melo de Lima, mostrou a visão da cooperativa com relação às características e potencial produtivo do trigo que está sendo plantado por produtores atendidos pela Cotrijal e o trabalho de segregação que as unidades de recebimento da cooperativa estão fazendo nesta safra.

Logo após, o superintendente Comercial Jairo Marcos Kohlrausch, reiterou que os produtores vêm plantando variedades adequadas às necessidades das indústrias e, principalmente, para a exportação. "A exportação além de facilitar a saída do cereal de dentro dos armazéns, tem liquidez. Com moinhos os negócios são muito pontuais e não atendem as necessidades do produtor", observou.

A comitiva foi recebida também pelo gerente comercial de Grãos da Cotrijal, Luis Cláudio Gomes, e pelo gerente de Armazenagem de Grãos da Cotrijal, Tadeu Garibotti. Participaram do encontro representantes de indústria moageira do Rio Grande do Sul, Paraná e Nordeste.