O conflito comercial entre China e Argentina sobre o óleo de soja pode respingar no Brasil. Segundo fonte do governo argentino, as restrições sanitárias que o governo de Hu Jintao adotou para as importações do produto não podem ser discriminatórias e atingiriam também a mercadoria brasileira.
Na quinta-feira, os chineses bloquearam a entrada do óleo de soja da Argentina, argumentando que o produto não obedece ao padrão de qualidade do país por conter resíduos de solventes acima de cem partes por milhão. Com o solvente usado pela indústria, o óleo deixa de ser cru e passa a ser parcialmente refinado, com maior valor agregado. Por isso, a aplicação da norma seria uma manobra para comprar o produto mais barato.
A iniciativa do governo chinês pode significar prejuízo de 2 bilhões de dólares à Argentina, de quem compra 76% do óleo consumido na China. O Brasil atende em torno de 20% da demanda chinesa. Missão argentina do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) foi enviada a Pequim para debater a questão.
Fonte: Correio do Povo
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