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La Niña ameaça racionar chuvas na safra 2010/11

Os meteorologistas ainda não lançaram previsões completas sobre a primavera e o verão, mas estão recebendo dados de observatórios internacionais que indicam a ocorrência do fenômeno La Niña nos próximos meses. As águas do Oceano Pacífico, que estavam mais quentes que o normal durante o El Niño registrado no último ano, estão se resfriando lentamente. As mudanças devem inverter a tendência de chuvas em regiões como o Sul do Brasil - previsão que preocupa a agricultura.

Para o inverno, a notícia é boa, uma vez que favorece a produção de trigo. As previsões já apontam menos chuva e mais frio que no ano passado para essa fase de transição. O risco para o cereal passa a ser o de geadas tardias. Os grãos perdem utilidade na fabricação de farinha quando atingidos por temperaturas próximas de zero e gelo na fase final do ciclo, a partir do fim de agosto. Mesmo assim, a tendência é que a produtividade e a qualidade da produção deste ano sejam bem melhores que as de 2009, quando a chuva prejudicou mais de um terço da colheita.

O grande problema será para a safra de verão. Confirmado o La Niña, pode faltar água para a soja e o milho, os dois principais produtos da agricultura do Paraná. As chuvas em excesso que chegam aos campos do Sudeste dos Estados Unidos podem fazer falta aos produtores não apenas do Sul e do Centro-Oeste do Brasil.

Argentina, Chile, Paraguai e Peru também tendem a sofrer com déficit hídrico. A preocupação se estende à produção de café, cana-de-açúcar e à própria pecuária. Já as regiões Norte e Nordeste do Brasil, ao contrário, podem receber até mais chuvas.