O Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011, divulgado ontem pelo presidente Lula e pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, destinará R$ 100 bilhões para a agricultura empresarial, 8% a mais que os R$ 92,5 bilhões do ciclo 2009/2010. A expectativa do governo federal é que R$ 16 bilhões venham pra o Rio Grande do Sul. "Isso é uma estimativa a partir do resultado do ano passado, mas, dependendo da demanda, pode ser destinado mais", destacou o secretário-executivo do Mapa, José Gerardo Fontelles.
O destaque da safra 2010/2011 é o enfoque na preservação do meio ambiente e no médio produtor, que ganhou linhas de financiamento próprias. Somado aos R$ 16 bilhões já anunciados da agricultura familiar, o plano chega a R$ 116 bilhões para o setor. "É o maior financiamento agrícola da história brasileira, tanto em volume de recursos, quanto na direção que está tomando, já que incorporou os anseios dos agricultores brasileiros", salientou Rossi.
O plano prevê R$ 75,6 bilhões para custeio, 14% a mais do que na safra anterior, e R$ 18 bilhões para investimento, R$ 4 bilhões a mais que o ciclo passado. O governo ainda anunciou R$ 5,2 bilhões para a comercialização, que não integram o valor do plano. O presidente Lula aproveitou para apontar a necessidade de profissionalização. "Temos que ser mais profissionais competitivos, donos do nosso nariz".
Entre as novidades, está o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), que prevê aporte de R$ 5,56 bilhões com juros de 6,25% para produtores com renda bruta de até R$ 500 mil anuais. "Os pequenos ganharam proteção com o Pronaf, mas o médio produtor ficava desprotegido. Agora, ele recebe atenção especial que permeia programas de investimento e de custeio", afirmou Rossi.
As ações voltadas ao meio ambiente terá R$ 3,5 bilhões, divididos entre o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que terá R$ 2 bilhões para financiar práticas que reduzam a emissão de carbono, R$ 1 bilhão para o Programa de Incentivo à Produção Sustentável do Agronegócio e outros R$ 150 milhões para o Plantio Comercial de Recuperação de Florestas. "Essas decisões ajudarão o Brasil no cumprimento das metas assumidas de redução do efeito estufa. "As cooperativas mantiveram os R$ 4 bilhões destinados no plano anterior, sendo R$ 2 bilhões no Proccap Agro e R$ 2 bilhões do Prodecoop.
Fonte: Correio do Povo