A perspectiva de movimentar 1,11 milhão de toneladas de milho com a retomada dos leilões em apoio à comercialização confirmados para esta quinta-feira anima o mercado, que aguardava a continuidade das operações que vão permitir o escoamento do cereal e devem dar suporte às cotações no médio prazo. No Centro-Sul, corretores estão animados com o interesse de compradores pelo subsídio oferecido no quarto pregão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP).
Mas esse otimismo não é compartilhado por produtores da Bahia, contemplados com leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro).
A reclamação é a de que o prazo de 30 dias para comprovar a venda do produto é muito curto. "Estamos pedindo prazo de quatro meses para termos tempo de negociar", diz o vice-presidente da Associação de Irrigantes da Bahia (Aiba), Sérgio Pitt.
Ele afirma que os produtores do Nordeste não têm força de negociação e que, além disso, a demanda mensal da região não passa de 120 mil toneladas, o mesmo volume que é ofertado em uma única operação.
Por isso seria necessário o alongamento do prazo de venda, até porque, segundo ele, o Porto de Salvador só terá escala a partir de novembro, o que também torna inviável a exportação. "Estamos sem alternativa, não sei qual será o resultado."
Fonte: O Estado de São Paulo