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Projeções para a safra verão 2011 confirmam La Niña

Depois de um período de aproximadamente 01 (um) ano com águas aquecidas (El Niño), desde junho se observa um processo de resfriamento das águas do Oceano Pacífico equatorial, indicando o retorno do fenômeno La Niña e alterações no clima já na próxima Primavera.

O resfriamento das águas do Oceano Pacífico equatorial deve aumentar gradualmente no decorrer deste inverno, com o La Niña totalmente configurado durante a Primavera e permanecendo durante o verão 2011. A previsão é de um episódio de intensidade moderada a forte e deve durar pelo menos até o outono de 2011 (ver gráfico abaixo).

Lembrando ainda que o último La Niña ocorreu no Verão 2007/2008. Porém, dadas as características como intensidade, rapidez na formação e provavelmente duração, o episódio deste ano está muito semelhante com o observado no segundo semestre de 1998 e verão 1999.

SOJA: Para a lavoura de soja do Brasil o Fenômeno La Niña tem dois impactos bem caracterizados: Primeiro atrasa o retorno das chuvas no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. Enquanto para as lavouras do Sul do Brasil e também de Mato Grosso do Sul reduz a incidência de chuva e aumenta o risco de estiagens regionalizadas no verão. Para a safra 2010/2011, portanto, muda o cenário climático, principalmente quando comparado com o observado na safra passada.

O retorno das chuvas este ano deve ocorrer somente no final de outubro e no decorrer de novembro, mesmo assim de forma muito irregular, o que deve implicar no atraso do plantio para as lavouras de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Maranhão e Tocantins. Durante o verão as chuvas nesses estados devem apresentar um comportamento médio, com o risco das chuvas se prolongarem até abril e meados de maio.

Já as lavouras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e também de Mato Grosso do Sul não devem enfrentar grandes problemas na fase de plantio entre outubro e novembro, porém devem considerar o risco de estiagem durante os meses de verão. Inclusive, a continuidade do La Niña remete para um outono também com chuvas abaixo da média. Fonte: Somar Metereologia