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União Europeia aprova carne bovina brasileira

A União Europeia (UE) aprovou o processo produtivo e o controle sanitário adotados pelo Brasil para produção de carne bovina para exportação ao mercado europeu. Os pareceres foram publicados ontem pelo Escritório de Alimentação e Veterinária da União Europeia (FVO). Os dados constam do relatório final da missão realizada em março em nove propriedades e seis frigoríficos de seis estados da lista dos que estão autorizados a exportar sua carne para o bloco, dentre os quais o Rio Grande do Sul. Entre as não conformidades que ainda perduram estão casos de atuação de certificadora, ausência de brincos em animais e manutenção em alguns frigoríficos.

Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura (Mapa), Francisco Jardim, alguns desses pontos já vem sendo discutidos desde que a Pasta recebeu o pré-relatório da missão em maio. Além disso, ele destaca que, na visita da comitiva do Mapa à UE, neste mês, em Bruxelas, os comissários europeus deram parecer positivo às práticas já adotadas pelo Brasil. "Pedimos mais atenção às carnes do Brasil. Apesar da crise na Europa, eles sinalizaram positivamente aos nossos produtos." Conforme Jardim, nos próximos dias, o Mapa deve fechar uma lista com novas propriedades habilitadas a produzir gado para exportação. "Pelo que ficou acertado em Bruxelas a publicação deve ser imediata." Segundo o Mapa, o Brasil possui 2 mil fazendas habilitadas e o RS, 121.

Para o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, o resultado da missão demonstra que o programa brasileiro tem credibilidade. No entanto, avalia que o governo precisa adotar medidas que estimulem o produtor a aderir à rastreabilidade. Segundo ele, nos últimos 20 dias, frigoríficos de inúmeras regiões estariam deixando de pagar por este diferencial, o que, em média, representa entre R$ 5 e R$ 8 a mais por arroba. "Se o frigorífico não pagar o criador, pode optar por não entregar a informação." O tema foi tratado em reunião, na última segunda-feira no Mapa, quando Nogueira pediu permissão para o produtor vender gado para carne de exportação sem brinco.

Fonte: Correio do Povo