Todas as Cidades
Histórico
Chuvas

Agricultor familiar pode fornecer alimentos para escolas

Agricultor familiar pode fornecer alimentos para escolas Uma lei federal criada em 2009 pelo governo federal oportuniza aos agricultores familiares de todo o país comercializar alimentos para a rede pública de educação básica. A legislação estabelece que 30% do total de recursos destinados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) à merenda nas escolas públicas sejam empregados na aquisição de alimentos da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural, priorizando-se os assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e quilombolas.

Para se enquadrar no programa, os agricultores familiares devem buscar informações junto aos escritórios da Emater, que são os agentes de mobilização e orientação. No caso dos agricultores familiares, exige-se a Declaração de Aptidão (DAP), que pode ser obtida junto à Emater ou aos Sindicatos de Trabalhadores Rurais, e o número do CPF. Pessoas juríNOTICIAS – cooperativas ou associações familiares - devem apresentar DAP jurídica, CNPJ, cópias das certidões negativas de FGTS, INSS, Receita Federal e dívidas ativas da União, além de cópia do estatuto.

Nas escolas municipais, o processo de aquisição dos alimentos é coordenado pela Secretaria de Educação. Já na rede estadual de ensino, cada escola conduz o processo. Através de chamada pública, os agricultores familiares são convidados a apresentar um projeto de venda, relacionando os itens, dentre os que a secretaria ou escola necessita, que querem comercializar. Esse projeto deve ser encaminhado à secretaria ou escola dentro do prazo estabelecido na chamada pública. A secretaria/escola promove, em seguida, o encontro dos possíveis fornecedores, definindo, de acordo com a legislação vigente, a compra dos alimentos, que se dá por semestre.

Conforme o chefe do escritório da Emater/RS-Ascar de Não-Me-Toque, Elemar Porsche, cada DAP está autorizada a comercializar até R$ 9 mil por ano. "É mais um mercado que se abre para o agricultor familiar, em princípio de forma mais modesta, mas que tende a evoluir", afirma.

Em Não-Me-Toque, as duas escolas estaduais - Geny Vieira da Cunha e São Francisco Solano - estão com chamada pública aberta para o dia 3 de setembro. Os agricultores familiares interessados em fornecer às escolas os itens constantes na chamada pública devem entregar proposta de venda diretamente nas escolas até as 14 horas desse dia.

Gêneros alimentícios que a Escola Geny Vieira da Cunha pretende adquirir: alface, batata inglesa, beterraba, cebola, cenoura, cheiro verde, couve-flor, brócolis, ovos, repolho, tomate, peixe, cuca, bolacha, pimentão, linguiça mista e suco de frutas concentrado ou pronto para beber.

Gêneros alimentícios que o Instituto São Francisco Solano pretende adquirir: alface, batatinha, beterraba, cebola, cenoura, chuchu, couve-flor, moranguinha, ovos, repolho, laranja, bergamota, pêssego, moranguinho, pimentão, tempero verde, linguiça mista e suco de frutas concentrado.