
A formação de Ipiranga começou na propriedade da família Rigo, que, apesar de não morar lá, possuía um agregado, chamado Jacó Postal, que, junto aos seus familiares, cuidava de terra e trabalhava na lida do gado.
Em 8 de maio de 1908, Leonso Rigo vendeu a propriedade para algumas famílias de castelhanos, cujos patriarcas eram Carlos Duran e Francisco Salalegere, e tinham como agregados a família de Don Gervásio Gorrosterazú. Estas famílias de castelhanos deram o nome da localidade de Ipiranga.
Em 1911, nasceu o primeiro filho dos agregados dos castelhanos, e chamou-se Gervásio Gorrosterazú Filho.O segundo filho, Urbano Gorrosterasu, nasceu em 1914. O primogênito da família Gorrosterazú é considerado o primeiro filho de Ipiranga, e faleceu em 30 de julho de 2003.
A Vila Ipiranga começa, então, a ser formada definitivamente quando lá se estabeleceu, em 1915, a família de Henrique Réa, sendo o primogenitor popularmente chamado de Henrique Castelhano.
No ano de 1938 chegaram várias famílias, atraídas pelas matas nativas com abundância de pinheiros, próprias à extração vegetal, e pelo clima e relevo, propensos à criação de gado. Estas famílias introduziram a primeira serraria em Ipiranga, de propriedade de Antônio Fioravante Tonial, considerado um desbravador, seguido por Hilário Durante e Cirilo Gobbo.
A partir de desbravação da mata, foram surgindo colonos que diversificaram as atividades econômicas a vinicultura, a suinocultura, a bovinocultura, o plantio de trigo, do milho e do feijão preto. Estes primeiros colonos eram os agricultores Anselmo Lazzari, Júlio Sberce, Ângelo Sartori e Pedro Beledelli, pecuarista Zeferino Gomes Pinheiro e o construtor de casas David Dall'Agnol.
Com a chegada destas famílias foi construída a primeira Igreja Católica, pelas famílias Duran e Salalegre, que doaram o altar e a imagem de nossa Senhora das Dores, padroeira da Igreja, que hoje encontra-se no novo prédio da Igreja Matriz de Ipiranga. O primeiro padre chamava-se Roberto Stefani.O segundo prédio da Igreja foi construído em 1948, que se localizava no mesmo local que a atual.Com o aumento da comunidade , foi desmanchada e no mesmo local foi construída a atual, que foi inaugurada em 1977.
Com o processo e o desenvolvimento de Vila Ipiranga, foram surgindo os bares, armazéns, clubes, escolas e salões de bailes. A primeira escola foi criada por particulares em 1939, chamando-se escola José Bonifácio. O primeiro professor foi Luiz Carbonera, no ano de 1939, seguido por Júlio Guimarães e Pedro Iores. O primeiro clube foi construído em 1949. O pioneiro no comércio de secos e molhados e moinho foi Atílho Rodighieiro.
Em 20 de novembro de 1949, foi criado o Distrito de Ipiranga, tendo como subprefeito o Sr. Hernesto Oques.
Foram Sub-prefeitos do Distrito:
O Distrito de Ipiranga esteve representado no governo de Getúlio Vargas em duas oportunidades: o professor Waldo Klein foi vice-prefeito na Gestão 1977-1983. O agropecuarista Juarez Calgaro Pinheiro, vice-prefeito da Gestão de 1983-1989.
Em 20 de dezembro de 1987 aconteceu o plebiscito de emancipação. O Sim obteve 982 votos e Não 80 votos.
O Município de Ipiranga do Sul, foi criado pela Lei Estadual nº 8.568 em 20 de abril de 1988, durante o Governo de Pedro Simon.
No dia 15 de novembro de 1988 foi realizada a primeira eleição Municipal para eleger Prefeito, Vice-prefeito e Vereadores do novo Município.
Concorreram pelos cargos de Prefeito e Vice-prefeito os Senhores Valcir Rodighiero PMDB e Waldecir Tonial – PMDB, Francisco Sana – PDT e Bruno Waldo Klein – PDS.
Foram eleitos pela legenda do PMDB os candidatos Valcir Rodighiero e Waldecir Tonial.
1º Prefeito: Valcir Rodighiero - 01/01/1989 a 31/12/1992
2º Prefeito: Waldecir Tonial - 01/03/1993 a 31/12/1996
3º Prefeito: Valcir Rodighiero - 01/01/1997 a 31/12/2000
4º Prefeito: Valcir Rodighiero - 2001 a 2004
5º Prefeito: Gilberto Tonello - 2005 a 2008
6º Prefeito: Gilberto Tonelo 2009 a 2012
7º Prefeito: Mário Luiz Ceron Atual Prefeito da Administração 2013 a 2016.
Localização: O Município de Ipiranga do Sul localiza-se a 360 Km da capital Porto Alegre.
Geomorficamente, integra a região do Alto Uruguai, a qual compreende toda a superfície ao norte da Depressão Central do Estado estendendo-se desde as encostas íngremes da Serra Geral, a noroeste, até as margens do Rio Uruguai, a Oeste e até a fronteira com a Argentina, área pertencente à região fisiográfica do planalto Meridional do Brasil.
Pertence a Microrregião Colonial de Erechim. Limita-se ao Norte com o Município de Erechim, ao Sul com o Município de Sertão, ao Leste com o Município de Estação e Erebango, e a Oeste com o município de Erechim.
O município possui área territorial de 157 Km² e está a uma altitude que varia de 500 a 800m acima do nível do mar.
Clima
Clima Subtropical. A temperatura média anual é de 17,4 C°. A precipitação média anual é de 1750 mm, com chuvas bem distribuídas durante o ano. A geada pode ocorrer até o mês de outubro. As quedas de neve são esporádicas. A nevada mais intensa ocorreu no ano de 1965, nos dias 20 e 21 de agosto. O gelo acumulado chegou a espessura de 50 cm, dando um tom de paisagem europeia.
Flora
A vegetação natural é de floresta sub-tropical com Araucárias. A floresta virgem foi modificada e dizimada com a extinção de muitas espécies vegetais.
Fauna
Face ao desmatamento e às persistentes caças e a outros fatores, alguns animais foram sendo extintos. São espécies comuns encontradas: paca, tatu, capivara, cutia e veados. Nos rios encontram-se ainda peixes como: carpa, lambari, tilápia e traíra.
Hidrografia
A hidrografia é composta por cursos de água que fazem parte da Bacia do Rio Uruguai, destacando-se no Município o Rio Facãozinho e Arrôio Igerê que deságuam no Rio Quecepucum (antes denominado Rio Facão). O Rio Quecepucum nasce no município de Ipiranga do Sul, servindo de divisa com o município de Erechim em algumas partes de seu percurso.
Quecepucum é uma palavra de origem Guarani, este nome foi dado ao rio por resolução do IBGE.
Lajeado Portela e Lajeado Toleto, são dois rios que deságuam no Rio Inhupacã, que nasce em no município de Sertão, corre na direção Oeste para Leste. Serve de divisa natural com o município de Sertão. Tinha o nome de “Teixeira Soares” e ‘Teixeira”, provavelmente devido ao nome de uma família ribeirinha. Inhupacã é de origem Guaraní e foi dado por resolução do IBGE.
O Rio Quecepucum junta-se ao Rio Inhupacã e ambos deságuam no Rio Passo Fundo que não pertence ao município de Ipiranga do Sul.
Habitantes
De acordo com o último senso realizado pelo IBGE em 2010, Ipiranga do Sul possui uma população de 1944 habitantes.
Área da unidade territorial (Km²) 157,882
Densidade demográfica (hab/Km²) 12,31
Economia
A economia é baseada na agricultura e na pecuária. As principais produtos são: soja, milho, cevada, trigo, aveia, triticale e feijão.
Na fruticultura o município destaca-se na produção de pêssegos, maças, figos e uvas. A horticultura é prática de consumo caseiro.
Na bovinocultura destacam-se a de corte e de leite. Suinocultura; avicultura e piscicultura.
O comércio compreende a venda de secos e molhados, tecidos, armarinhos, insumos agrícolas, móveis, cereais e combustíveis.
Comunidade do Município
Comunidade Nossa Senhora da Salete
Comunidade Linha Bledelli
Comunidade Siqueira Campos
Comunidade Linha Dallanora
Comunidade São Roque
Comunidade São João Vianei
Comunidade Alto Alegre
Comunidade Linha Remor e Linha Ceron
Comunidade Salgado Filho
Comunidade Linha Altolfi
Comunidade Inhaquê
Comunidade Martinelli
Comunidade Pezzini;
Comunidade Santo Antão
Comunidade de Ipiranga do Sul
Referências Bibliográficas
Descrição: A Bandeira do município de Ipiranga do Sul é composta por três cores: verde, branca e vermelha. A cor verde representa as matas. A cor branca representa a solidariedade e a paz. A cor vermelha representa a terra.
Descrição: escudo português clássico, quadrilátero, arredondado nos ângulos inferiores, dividido em campos de duas cores verde e vermelho.
No quartel direito é representado pela cor vermelha, o trator está simbolizando a agricultura que é a principal atividade econômica do Município. Os dois pinheiros ao fundo representa as matas.
No quartel esquerdo em verde está a pecuária, segunda atividade econômica.
Suporte: à destra e a sinistra, entrelaçados embaixo do escudo estão as principais culturas do município: a soja, o milho e o trigo.
Embaixo com a divisa a frase: Trabalho e amor a terra, o nome do Município e a data da criação do mesmo.Sobre a porta central uma coroa dourada.
Nossa Senhora da Salete
A Comunidade de Nossa Senhora da Salete se localiza a cerca de 6 KM da sede do Município. Nela está localizado o Santuário Nossa Senhora da Salete, considerado o principal ponto turístico.
Sobre Nossa Senhora da Salete
Certo dia, duas crianças: Maximíno e Melania estavam cuidando do rebanho. Era dia 19 de setembro de 1846. Em Salete, nos Alpes, na França. Quando de repente viram um grande Clarão, com uma bela senhora sentada em uma pedra com as mãos no rosto chorando.Ela disse que chorava por que as pessoas não rezavam o terço não iam a Igreja nos domingos, não existia amor entre as pessoas e nem respeito.Ela pediu que as crianças contassem para as demais pessoas.Muitos não acreditavam. Mas depois de fazer muitos interrogatórios viram que as crianças falavam a verdade. Nossa Senhora provou que esteve lá, fazendo um milagre, uma fonte que só tinha água na época de chuvas. A partir desse dia nunca mais secou.